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Inteligência Emocional para Crianças – 6 Dicas Para Ensinar Seus Filhos

09 out 2020 • por Gabriela Vassimon • 6 Comentários

Inteligência emocional é a habilidade de entender, expressar e administrar as emoções. Toda criança pode aprender essas habilidades. Ela só precisa de um adulto que a ensine como.

Como pais, temos que encorajar nossos filhos a desenvolver não só a inteligência acadêmica (escola), mas também a emocional. E muitos de nós se esquecem (ou não sabem) da importância disso.

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Como posso ajudar meu filho a desenvolver inteligência emocional?

Você pode ajudar uma criança a desenvolver inteligência emocional mostrando empatia, não desvalorizando seus sentimentos, ajudando-a a identificar e dar nome aos sentimentos, dando bons exemplos de expressão das emoções, falando sobre como está se sentindo — ao invés de gritar, faça um desenho ou algo que te ajude a relaxar e explique para a criança o quê e porquê você está fazendo aquilo —, praticando com ela como resolver problemas e conflitos. 

6 dicas de como ensinar inteligência emocional para as crianças

1- Mostre Empatia

Não minimize o que a criança está sentindo. Quando ela estiver triste, por exemplo, ainda que te pareça que ela está exagerando, não desconsidere seus sentimentos.

Exemplos do que não dizer:

  • Não precisa ficar assim
  • Não precisa chorar
  • Que exagero
  • Não foi nada, logo passa
  • Deixa pra lá

Comentários assim mostram descaso e levam a criança a pensar que o que ela está sentindo é errado. O melhor é validar seus sentimentos e mostrar empatia, ainda que você não entenda por que ela está se sentindo assim.

Se ela estiver chorando porque você não deixou-a brincar no parquinho enquanto não terminasse a tarefa, diga algo como:

“Eu também fico chateada quando não consigo o que quero. Às vezes é difícil continuar trabalhando quando não tenho vontade.”

Quando a criança vê que você entende como ela se sente, muitas vezes ela nem tem necessidade de expressar sua chateação por gritos, choros ou birras. Pois ela sente que você já a entendeu. Quem é que não gosta de se sentir compreendido ou ao menos ouvido e acolhido?

Um relato da Gabriela sobre Empatia

Até hoje me lembro de uma vez quando era criança e estava em um aniversário na casa de uma prima. Saí correndo do gramado em direção à piscina, com a intenção de dar um pulo. Mas no meio do caminho tinha…(não, não era uma pedra 😂)… tinha um “sprinkler” (aquele negócio de ferro que molha a grama) e machuquei o pé.

No dia seguinte ainda estava doendo tanto que eu até mancava e uma tia me disse que eu estava exagerando. Não me esqueço da sensação de injustiça e incompreensão que tive (tenho a cicatriz até hoje). E olha que foi algo físico.

Mas independente de ser físico ou emocional, a forma de tratar a situação deve ser a mesma, com empatia. Essa é a primeira das 6 dicas para criar filhos emocionalmente inteligentes: mostrar empatia. 

2- Ajude a nomear os sentimentos

Mesmo que você não tenha certeza de qual emoção ou sentimento a criança esteja sentindo, use sua empatia para imaginar algumas possibilidades e diga algumas opções para a criança.

Nada de extremos: você nem vai tentar forçar um nome/sentimento para a criança e nem ficar preocupada se citar o sentimento errado. Se você “chutar” o sentimento errado ela vai sinalizar (ou não, mas isso não traz nenhum prejuízo). O importante é você ir fazendo com ela esse exercício.

Exemplos do que dizer:

  • Você está me parecendo um pouco triste. O que será que te deixou assim?
  • Será que você está chateada porque sua amiga não te esperou?
  • Você está tão animada! É porque vamos para a casa da vovó?
  • Estou te achando tão quietinho. Aconteceu alguma coisa?
  • Você está parecendo irritada. Será que pode ser sono?
  • Que bom te ver tão feliz!

Lembre-se: não cite apenas as emoções e reações negativas, como raiva e tristeza. Aponte também as positivas, como a alegria. Ainda que você erre o que ela está sentindo e dê um nome diferente, o simples fato de você tentar nomear o sentimento já mostra:

1- que você se importa, se preocupa e está tentando entendê-la e ajudá-la;

2- que ela também pode ir tentando entender sozinha.

É legal ir relacionando possíveis sentimentos com possíveis acontecimentos, para que eles entendam que os sentimentos são consequências de algo e comecem a fazer essas associações sozinhos.

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3- Expresse seus sentimentos adequadamente

A melhor forma de ensinar seu filho a expressar seus sentimentos é se você mesma exibir essa habilidade. Se a gente grita e joga as coisas, esse é o modelo que elas terão de exemplo.

Se em vez disso, você disser: “eu estou chateada”, e desenhar uma carinha triste no papel, essa será a sugestão que ela receberá de como pode expressar os sentimentos dela.

Use palavras de sentimentos no seu dia a dia e pratique falar sobre eles. Diga coisas como:

  • Fico brava quando vejo crianças maldosas no parquinho
  • Fico feliz quando suas amigas vem brincar em casa

Estudos mostram que pais emocionalmente inteligentes tem mais chances de terem filhos emocionalmente inteligentes. Então crie o hábito de desenvolver suas habilidades para que você seja um exemplo adequado para seu filho.

4- Ensine formas saudáveis de lidar com as emoções

Até nós adultos temos ferramentas ou válvulas de escape que nos ajudam a nos acalmarmos ou nos animarmos. Alguns escutam música, fazem atividade física, outros pintam, cozinham, escrevem, lêem. Então que tal ajudarmos as crianças criando ferramentas para ajudá-las também a controlarem suas emoções?

Depois que as crianças entendem suas emoções, elas precisam aprender a lidar com essas emoções de maneira saudável. Saber como se acalmar, se animar ou enfrentar seus medos pode ser complicado para os pequenos.

Ensine habilidades específicas. Por exemplo, ensine-o a respirar fundo algumas vezes quando estiver com raiva, para acalmar o corpo. Que tal ajudá-lo a criar um kit que o auxilie a controlar seus sentimentos? Coloque um livro para colorir, um livro de piadas favoritos, música calma e loções com perfume suave.

São sugestões de alguns itens que podem ajudar a envolver seus sentidos e acalmar suas emoções. Coloquem os itens em uma caixa especial decorada por eles. Quando ele estiver chateado, lembre-o de ir buscar o kit relaxante para ajudar a controlar suas emoções.

5- Ajude a desenvolver habilidade de resolução de conflitos

Uma parte da construção da inteligência emocional é aprender a resolver problemas. Após identificar e direcionar os sentimentos é hora de trabalhar para resolver o problema em si.

Ajude seu filho a desenvolver a habilidade de resolver problemas. Muitas vezes resolvemos e fazemos as coisas por eles, mas isso rouba a autonomia e a auto confiança das crianças. É muito importante lembrarmos dessa dica de agir apenas como um instrutor e orientador e deixá-los agirem, errarem, acertarem e consertarem as situações sozinhos. Não é para ser omisso, é para dialogar e servir de apoio mas deixar que eles sejam a ferramenta principal.

Talvez seu filho esteja bravo porque a irmã está o atrapalhando a fazer a tarefa. Ajude-o a identificar ao menos 5 formas de resolver este problema. Não tem problema se nem todas as ideias forem boas. No início, a intenção é fazer um brainstorming (chuva de ideias).

Quando ele tiver listado as possíveis soluções, ajude-o a avaliar as vantagens e desvantagens de cada uma. Então encoraje-o a escolher a melhor opção.

Quando seu filho cometer um erro, converse sobre o que poderia ter sido feito diferente e o que ele pode fazer para resolver questões pendentes.

Tente agir como um orientador e não como a pessoa que resolve o problema. Dê direções quando necessário mas ajude seu filho a perceber que ele tem condição e habilidade para resolver problemas pacificamente e adequadamente sozinho.

6- Torne a inteligência emocional uma meta de longo prazo

Por mais que seu filho já seja emocionalmente inteligente, sempre há espaço para melhorar. Na infância e na adolescência acontecem muitas reviravoltas e altos e baixos.

Quando crescer, provavelmente ele encontrará obstáculos que irão desafiar suas habilidades. Então torne uma meta incorporar o desenvolvimento de habilidades no seu dia-a-dia.

Quando seu filho for pequeno, fale sobre sentimentos todos os dias. Fale sobre as emoções que personagens de livros ou filmes podem estar sentindo.

Discuta formas melhores que os problemas poderiam ter sido resolvidos ou estratégias que os personagens poderiam usar para tratar os outros com respeito.

Você costuma falar com seu filhos sobre sentimentos seus, deles ou de outras pessoas e personagens no dia-a-dia de vocês? Muitas vezes a gente sente alguma coisa e não expressa, ou ouve um relato do filho e não pergunta como ele está se sentindo com o que aconteceu, ou assiste um filme 🎥🍿 e não cria uma discussão sobre algo que ocorreu.

A partir de agora lembre-se de aproveitar esses momentos e comece a falar mais com seus filhos sobre sentimentos. Torne isso um hábito, um objetivo de longo prazo e colha os resultados depois .

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6 Comentários
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