Os aparelhos eletrônicos e seus recursos disponíveis podem servir para te ajudar a ensinar boas maneiras aos filhos, desde que usados com sabedoria e cuidado.
O lado positivo dessas ferramentas seria usá-las para mostrar às crianças e adolescentes livros, vídeos e outros conteúdos sobre boas maneiras, como os que disponibilizamos em nosso canal do Youtube, aqui no site e no nosso Instagram.
Eletrônicos e a etiqueta à mesa
Em relação aos pontos negativos, existem muitos quando falamos da etiqueta social e da etiqueta à mesa. À mesa, os eletrônicos atrapalham muito pois ao roubar nossa atenção, diminuem a interação entre as pessoas, ou seja, não conversamos direito, não olhamos nos olhos, não fortalecemos vínculos. Há ainda a questão alimentar e nutricional que também acaba sendo prejudicada: crianças comendo menos ou mais que o suficiente, não observando o que estão comendo, não aprendendo sobre os alimentos, não saboreando e prestando atenção aos sentidos.
Eletrônicos e a etiqueta social
Em relação à etiqueta social, os eletrônicos também podem ser bastante prejudiciais, se não forem usados com cautela. Há sim um lado positivo, se as crianças e adolescentes souberem usá-los para fazerem amizades ou passarem mais tempo com amigos reais, como quando combinam de se reunir na casa de alguém para jogarem juntos, por exemplo, ou para falar com um amigo ou familiar que mora em outra cidade.
Porém, quando usado de forma descontrolada, os eletrônicos tendem a diminuir o contato entre as pessoas, assim como acontece à mesa. Os jovens perdem a chance de conhecer pessoas novas, de aumentar o vínculo com amigos antigos, e ficam alheios à outras oportunidades que poderiam ter se estivessem prestando mais atenção ao ambiente em que estão. Alguns acabam se isolando completamente do círculo familiar, e de amigos da escola ou do bairro, passando a ter unicamente contato com quem interage virtualmente, passando até a evitar contatos reais.
Tudo isso traz prejuízos socioemocionais enormes. Ele não vai aprender a ler pistas e sinais não verbais que um contato frente a frente proporciona, não desenvolverá a habilidade de se comunicar verbalmente com clareza se sua comunicação for principalmente por mensagens escritas, não irá treinar falar em público. Sua empatia ficará diminuída pelo fato de não estar observando e tentando ler os sentimentos daqueles à sua volta, entre diversos outros prejuízos socioemocionais, que podem vir a influenciar inclusive a saúde física e psicológica dessa criança ou adolescente.